terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Universidades oferecem em 2010 cursos de mediação de leitura

Em 2010, um grupo de nove instituições públicas de ensino superior, selecionadas pelo Ministério da Educação, vai abrir cursos sobre mediação de leitura. Poderão participar da formação professores das redes públicas de educação básica de todas as séries, especialmente de turmas de jovens e adultos.
Os cursos de extensão, a distância, serão ministrados em pólos da Universidade Aberta do Brasil (UAB). A carga horária é de 90 horas, com duração média de três meses. A primeira parte da qualificação prepara os professores para trabalhar com as ferramentas da educação a distância. Depois, com apoio de materiais didáticos, criados pelas instituições exclusivamente para o curso, eles vão estudar temas como linguagem e cultura, leitura de linguagens verbais e não verbais (cinema, teatro, música, dança, fotografia, arquitetura, hipermídia, cibercultura), textos literários e como trabalhar a leitura com distintos públicos – crianças, jovens, adultos, idosos.
As coleções do programa Literatura para Todos, que reúnem obras criadas especialmente para jovens e adultos em processo de alfabetização ou recém-alfabetizados, também serão objeto de estudos. O propósito do Ministério da Educação é que os professores da educação básica conheçam os livros das coleções 2006, 2008 e 2009 e passem a utilizá-los na sala de aula.
Terão prioridade nos cursos de mediadores de leitura os professores de estados e municípios que aderiram ao Compromisso Todos pela Educação e as prefeituras que solicitaram a formação nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008. A informação é de Elaine Cáceres, da diretoria de políticas de educação de jovens e adultos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do MEC.
Nos dias 14 e 15 deste mês, as instituições terão reunião com a Secad para informar sobre o andamento da criação dos cursos e dos materiais didáticos. Quando essas duas questões estiverem resolvidas, as inscrições serão abertas na Plataforma Freire. .Oferecerão cursos de mediadores de leitura as universidades federais do Ceará (UFCE), de Pernambuco (UFPE), Rural de Pernambuco (UFRPE), do Maranhão (UFMA), de Mato Grosso do Sul (UFMS), de Rio Grande (Furg) e do Rio Grande do Sul (UFRGS); o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), e a Universidade Estadual Paulista (Unifesp). Ao final da formação, os professores receberão certificados expedidos pelas universidades que aderiram ao projeto e que integram a Rede de Formação para a Diversidade.
Novo edital – O Edital nº 28/2009, publicado pela Secad em 23 de novembro, abre prazo para instituições públicas de ensino superior apresentarem propostas de cursos em 16 áreas da diversidade, entre eles, de mediadores de leitura. O edital relaciona os objetivos da chamada pública, os prazos, carga horária dos cursos, entre outras informações.

Fonte: Ascom MEC

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Jovens estudam mais, mas acesso à universidade é restrito

Estudo do Ipea mostra que anos de estudo entre os jovens passou de 6,8 para 8,7 em dez anos
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A situação educacional de brasileiros com idade entre 15 e 29 anos é um misto de avanços, problemas e desafios, de acordo com estudo divulgado nesta quinta-feira (3) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O documento tem como base dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2008, que indica um total de 49,7 milhões de jovens no país – 26,2% da população.
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O Ipea destaca como principal avanço o fato de os jovens, atualmente, conseguirem passar mais tempo em sala de aula e terem maior escolaridade do que os adultos. Em 1998, a média de anos de estudo entre pessoas de 15 a 24 anos era 6,8. No ano passado, a média era de 8,7 anos de estudo entre jovens de 18 a 24 anos. No grupo de 25 a 29 anos, a média chegou a 9,2 – 3,2 anos de estudo a mais do que entre a população acima dos 40 anos.
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Mas o estudo alerta que o processo de escolarização da maioria dos jovens brasileiros ainda é marcado por oportunidades limitadas e que, no país, prevalecem desigualdades educacionais entre ricos e pobres, brancos e não brancos, e moradores de áreas urbanas e rurais e das diferentes regiões.
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A pesquisa também destaca que apenas a metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos frequenta o ensino médio na idade adequada e que 44% ainda não concluíram nem mesmo o ensino fundamental. Nas regiões Nordeste e Norte, as taxas de frequência (36,4% e 39,6%, respectivamente) são bem mais baixas do que no Sudeste e Sul (61,8% e 56,5%, respectivamente).
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O acesso ao ensino superior é ainda mais restrito, com frequência de apenas 13,6% dos jovens de 18 a 24 anos. Uma boa parcela dos que têm mais de 18 anos – cerca de 30% – conseguiu completar o ensino médio, mas sem buscar a continuidade de estudos no ensino superior.
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O Ipea ressalta também que a proporção de jovens fora da escola cresce de acordo com a faixa etária: 15,9%, entre os jovens de 15 a 17 anos; 64,4%, de 18 a 24 anos; e 87,7%, de 25 a 29 anos.
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Um destaque positivo apontado na pesquisa é que o maior nível de escolaridade também se reflete na menor taxa de analfabetismo entre os jovens. Na faixa de 15 a 17 anos, a queda foi de 8,2%, em 1992, para 1,7%, em 2008, e, na faixa de 18 a 24 anos, foi de 8,8% para 2,4%, no mesmo período.
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Entretanto, de acordo com o estudo, a redução do analfabetismo entre jovens nos últimos dez anos não foi acompanhada da diminuição das disparidades regionais, sobretudo no Norte e Nordeste.
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Fonte:Agência Brasil

Por causa de erro, MEC vai divulgar novo gabarito das provas do Enem

Candidatos fizeram quatro provas e uma redação.Abstenção no sábado chegou a 37,7%.
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Ministério da Educação (MEC) informou que vai divulgar um novo gabarito das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicadas neste sábado (5) e domingo (6). A assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) informou, às 23h50 deste domingo, que a divulgação dos novos gabaritos oficiais deverá ser feita a partir das 10h desta segunda-feira.

Segundo o ministério, os gabaritos foram embaralhados e saíram trocados.
Ao menos seis questões estão com problemas na resposta.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) colocou no seu site a seguinte informação: "Foi identificada inconsistência nos gabaritos dos diferentes modelos de prova publicados. Os gabaritos corretos serão publicados o mais breve possível."
'Lamentável'
No primeiro dia, os candidatos fizeram as provas de ciências humanas (geografia e história) e da natureza (biologia, química e física). No segundo dia, foi a vez das provas de matemática e linguagens, que incluía uma redação. A divulgação de gabaritos errados foi lamentável na opinião do coordenador do Curso Etapa, Edmilson Motta.

"O que aconteceu foi muito ruim. A alta abstenção já mostrou que a prova ficou desmoralizada. Esses problemas no gabarito reforçam a visão de que a prova foi feita sem a estrutura adequada. O Enem acaba virando um motivo de chacota", disse.

Segundo ele, "umas das poucas coisas que funcionam no país são os vestibulares". "Quando acontecem esses erros de organização, de logística, os processos seletivos que acontecem com muita lisura podem acabar também desmoralizados."

"O gabarito errado causou um certo pânico entre os alunos, que achavam que tinha ido mal. Não fazia o menor sentido", afirmou Eduardo Figueiredo, professor de física do Curso Objetivo.
Confira a correção das provas do primeiro dia do Enem 2009

Confira a correção das provas do segundo dia do Enem 2009

Ceca de 2,6 milhões dos mais de 4 milhões de inscritos fizeram as provas. O índice de abstenção chegou a 37,7% no sábado, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Dados preliminares apontam que 2,9% das pessoas que fizeram a prova no primeiro dia não realizaram o teste no domingo. Foi a maior abstenção da história do exame. O MEC esperava um índice de 35%.
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Fonte: Site G1